São os avessos com que a vida nos vai presenteando que lhe dão sentido e a fazem valer a pena, sim! Há que entendê-los para saboreá-los!
Há momentos em que no silêncio de um olhar, basta apenas o aconchego de um abraço.
Porque há certezas que se sentem e não há palavras que as expliquem. Coisas que se sabem mesmo e para sempre e das quais ninguém sai pelo seu pé.
Porque não ter a certeza é viver com um pé atrás e um Amor vive-se com os pés no ar. Ainda que um dia a certeza dê lugar a outra certeza, Amar é para sempre e mais um dia (ou dois).
Sim és tu que tens que me vir buscar, não consigo mais procurar-te, entender-te, preciso de ti sim, mas preciso que desta vez sejas tu a vir buscar-me!
Porque há coisas que se sabem, sem dúvidas, hesitações ou questões. E sempre, é sempre, no bom e no mau, no perto e no longe, na presença e na ausência. Sem escolhas, é e pronto.
No que toca ao amor, não há verdades, nem regras. Tudo é tão relativo, tudo é possível de acontecer e tudo é passível de ser interpretado e reinterpretado. Gosto de falar sobre o amor porque é a prova viva da relatividade das coisas. Não defendo uma ou outra perspectiva. Aprecio ver várias. E cada amor tem a sua história e forma de agir. Cada amor é uma história distinta, com versões diferentes e cores diversas.
As lutas travam-se de diversas formas. Além, de que as regras encontram-se na mesa há muito tempo, conhecidas e explicadas.
Todos têm imensas opiniões quando não estão na pele, porque quando estão na situação a vivê-la intensamente, são tolos, ignorantes e cegos, depois sim é que chega o arrependimento a desilusão e a perca tempo.
Portanto lutem sempre com todas as forças por o que sentem.
Este texto foi retirado do livro “Amores Clandestinos”, págs. 251, 252
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Filipe Miguel 