Sou do mar,
ao mar pertenço.
Sou o teu olhar,
Sou onda que atravessa
o alto-mar,
que beija os teus pés
ao te tocar.
Sou barco que navega
sem se perder
e que se entrega
ao amanhecer.
Sou concha perdida
em pleno areal,
sou aroma de vida,
sabor a sal.
Sou o Sol que adormece,
pura fantasia,
nas águas se deita
até ao nascer do dia.
Sou gaivota que sobrevoa
toda esta imensidão,
sou versos de um poema,
a própria inspiração.
Sou sonhos desfeitos
e amores quase perfeitos,
nua de preconceitos,
despida de conceitos.
Sou o lar
de qualquer embarcação.
Sou do mar
e a ele pertenço sem condição.
Célia Evaristo
Todos os direitos reservados
https://www.facebook.com/celiamsevaristo.escritora
(Imagem retirada da internet)
